Painel do Mundo
Por Roberto de Lara Rodrigues (09/04/2025)
Após um ano de 2024 de sucesso no Paraná, com poucas derrotas, muitas vitórias, sete títulos, constância em meu jogo e vontade de melhorar, decidi voltar a jogar em São Paulo. Após anos de convites recebidos pelo time do Meninos Futebol Clube, da rua Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, finalmente chegou o dia de vestir essa tradicional camisa pela qual já estreiei logo com o título de campeão do Torneio Início por Equipes da Federação Paulista.
Estou viajando com um objetivo diferente, focado apenas nos torneios de equipes, por um motivo simples: evolução. Todos os atletas de todos os times buscam ajudar seus companheiros a encontrar falhas e maximizar a defesa contra seus adversários. O que não é novidade para mim, pois já joguei, anos atrás, pelo Santos FC e pelo Clube XV de Agosto (de Socorro) e senti na pele a força de um atleta treinado em equipes. Como pretendo continuar aprimorando meu jogo, preciso enfrentar cada vez mais adversários preparados e focados em evitar que eu faça minhas melhores jogadas e gols.
A cada rodada vejo a marcação melhorar, goleiros mais bem posicionados, táticas defensivas buscando me jogar para um determinado lado da mesa e no jogo seguinte me obrigando a ir para o lado oposto. Sutilezas que dificultam, e muito, o jogo automático (aquele que você faz sem precisar pensar e nem planejar nada, simplesmente tocando bola para o espaço aberto e finalizando sem tomar conhecimento do goleiro). Cada jogada merece uma atenção e cuidado especiais, seja para uma passagem de defesa ou escolha do local mais apropriado para o chute ao gol. Acredito que essas particularidades fazem crescer demais o nível dos atletas. Para quem busca aperfeiçoamento constante, não há nada melhor.
Dificuldades e adversidades forjam atletas mais brutos, cascudos, difíceis de serem batidos. Esse tipo de jogo em equipes faz com que você enfrente não só o adversário do momento, mas todos que já lhe enfrentaram e passaram alguma dica para o companheiro seguinte. Atletas de fora observam seu jogo e anotam suas características. Ao final de cada rodada, se reúnem e passam informações e números como verdadeiros scouts. Será esse o motivo que faz com que São Paulo tenha mais atletas de ponta quando comparado com outros estados? Um caso a ser pensado.
Estou animado por jogar novamente em São Paulo. Quero rever os amigos que fiz nestes 35 anos de carreira, encontrar adversários formidáveis, brilhantes, talentosos e ter embates memoráveis. Quero seguir em busca do jogo perfeito e continuar evoluindo a cada partida. O aprendizado deve ser constante e andar ao lado da experiência. Desejo a todos uma excelente temporada.
Biblioteca de "Jeito & força"
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Natural de Guarapuava-PR, Roberto de Lara Rodrigues é bacharel em Educação física e o maior campeão individual de todos os tempos na modalidade 12 toques, tendo conquistado cinco Campeonatos Brasileiros e seis Copas do Brasil individuais. A genialidade e aptidão para as palhetadas vêm de família: Além de ter podido contar sempre com os conselhos do pai, Nilson Rodrigues (maior campeão Brasileiro máster da história), Robertinho tem no primo, Rogério Nascimento (ex-campeão Brasileiro e Mundial) um grande parâmetro e um afiado parceiro de treinos para as grandes competições. Aqui no Portal Mundo Botonista, Rodrigues brinda a comunidade do futebol de mesa com crônicas exclusivas para a coluna Jeito & Força. Ele também oferece um curso chamado Método Robertinho de Futebol de Botão que pode ser consultado no link http://go.hotmart.com/M59466542Q?dp=1
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