Que venham os próximos.

Olá caros amigos leitores, com imensa satisfação volto a lhes escrever dando início ao segundo semestre da nossa coluna Doze Giros aqui no Portal Mundo Botonista.

A coluna de hoje não poderia deixar de ser sobre o maior evento do futebol de mesa 12 toques já realizado. Sim, estamos falando do 32º Campeonato Brasileiro disputado no último feriadão de Corpus Christi nas dependências do São Paulo Futebol Clube. Um campeonato que ficará marcado, não apenas por sua grandiosidade mas também como o campeonato do reencontro. Depois de dois anos sem a competição, o que vimos não foi o retorno das competições apenas mas principalmente o reencontro com os amigos te todos os lugares do Brasil. Isso foi simplesmente esplêndido.

Eu que participei do primeiro e de mais alguns, sinto-me um privilegiado em ter estado neste campeonato, uma verdadeira festa do futebol de mesa. Depois da minha participação reparei num pequeno detalhe: lá na primeira edição eu estava na categoria adulto. A partir de 2005 migrei para categoria máster e, por essas coincidências da vida, no maior de todos os Brasileirões estava eu novamente na categoria adulto. Confesso aos amigos que gostei bastante de estar nesta disputa principalmente porque entre os adultos joga-se mais partidas, ainda mais nesse formato. Para mim esse é uma grande atrativo.

Mas o objetivo dessa crônica não é falar sobre mim, e sim relatar tudo que vi neste grande evento: uma festa maravilhosa o nosso esporte. Aprovei (e achei um grande feito) a ampliação das de 64 vagas, possibilitando a participação de mais atletas, botonistas que não teriam vaga desta vez puderam jogar - alguns dos quais estavam em seu primeiro brasileiro, admirados com a magnitude da competição. Reparei que mesmo a maioria tendo parado de competir por um ano e meio, outros por mais tempo, ainda por causa da pandemia, o nível da competição estava pra lá de alto. Presenciei grande jogos, acirrados, decididos no detalhe e muitos e muitos gols. Vi muitos jovens Botonistas que saíram recentemente da categoria sub-18 jogando o fino da bola no adulto. Vi uma menina disputando o brasileiro da cat. sub-18 dando uma lição nos meninos no quesito calma - quando tomava um gol parecia que nada havia acontecido, diferente dos garotos que se abalavam visivelmente quando suas redes eram balançadas pelo chute adversário.

Também vi, com muita alegria, a bela cobertura do Mundo Botonista no evento, transmitindo muitos jogos ao vivo, programas após os jogos de cada dia analisando a competição. Com muito esforço e dedicação do Jeferson, Alex, Paulinho, Luiz e Carlos Claudio. Um trabalho impagável na divulgação do esporte. Quanta dedicação e carinho com a história de cada jogo, com as entrevistas dos botonistas que passaram pela mesa de transmissão... algo inimaginável por muitos e muitos anos de Brasileiros realizados.

Enfim, vi grandes campeões sendo coroados pela dedicação e amor ao esporte. Armando Amendola (C.R Flamengo-RJ), Campeão Máster, é conhecido por sua dedicação, disciplina e pela forma com que enxerga o jogo. Está sempre chegando e foi premiado com esse título há tempos perseguido por ele. Uma emoção tão grande que veio às lágrimas logo após a conquista. Quinho Zuccato (Xv de Agosto-SP), campeão da categoria Adulto, dispensa comentários. Um pentacampeão que começou muito cedo a frequentar e ganhar Brasileiros - prêmios por sua dedicação desde lá atrás incentivado pelo grande Anacleto, seu pai. Quinho é um craque de futebol de mesa que sempre jogou um futebol de mesa de primeira linha. Ele costuma dizer que joga um futebol de mesa simples mas esquece de dizer que a simplicidade é aliada do seu grande talento. Por fim, vi também Leonardo Lima (TMJ-SP) sagrar-se campeão sub-18 jogando um futebol de mesa objetivo - em busca do gol o tempo todo - e como faz gol esse menino.

Meus amigos digo a vocês que já estou com saudades e ansioso pelo próximo e, contrariando os pessimistas, penso com muito orgulho que sim, nós estaremos aqui. O futebol de mesa, o futebol de botão, ainda tem e terá seu espaço por muitas gerações e não morrerá jamais. Até a próxima.

O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, 58 é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história. 

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