Painel do Mundo
Por José Ricardo Almeida (01/04/2022)
Apesar do desfavorecimento geográfico em relação aos outros Estados, o Amazonas sempre procurou participar ativamente dos torneios interestaduais e nacionais. Seus técnicos não mediam esforços, demonstrando a cooperação e a colaboração dos amazonenses para o desenvolvimento do futebol de mesa. Já houve muitos movimentos do futebol de botões em Manaus, o primeiro deles quando foi criado o Centro Amazonense de Celotex, em 6 de abril de 1941. Como aconteceu com muitas outras entidades, o CAC teve o seu período de brilho e de ocaso.
O futebol de mesa amazonense só voltaria a ser novamente organizado em 21 de setembro de 1980, quando foi fundada a Associação Galaxia Jocamar, por inciativa dos amigos José Carlos Mattos de Castro e João Martins de Paula (nota: JOCAMAR – iniciais de JO – José, CA – Carlos e MAR – Martins). O complemento Galaxia veio depois do grande apoio dado aos amazonenses por um clube paulista da época, a Associação Galaxia Petlem (Petlem, também iniciais de seus fundadores). Daí para frente, uma nova fase começava para o futebol de mesa no Amazonas, concretizada com a fundação da Federação Amazonense de Futebol de Mesa, em 24 de junho de 1981 e que teve José Carlos Mattos de Castro como seu primeiro Presidente.
Como dissemos no começo do texto, desde o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa, na regra dos 3 Toques, em 1980, no Rio de Janeiro, o futebol de mesa amazonense sempre procurou estar presente às competições nacionais.
Mas, faltava alguma coisa para consolidar o esporte em Manaus, algo assim como mostrar para os demais Estados que o Amazonas também podia ser grande em todos os sentidos, a cereja do bolo!
Essa cereja foi colocada no bolo em 1988. O ano foi marcado de forma auspiciosa em 29 de setembro de 1988, quando o Conselho Nacional de Desportos reconheceu o futebol de mesa como modalidade esportiva. Exatamente um mês depois, em 29 de outubro de 1988, Manaus promovia, pela primeira vez, um Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa Individual, na regra dos 3 Toques. Vinte e seis técnicos de Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Tubarão (SC)e da anfitriã Manaus compareceram para prestigiar esse grande momento.
Todo esforço foi compensado ao chegarmos ao grande momento de uma final e lá estava um técnico amazonense, Landemberg Gama, após brilhante campanha de oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota, justamente na final contra o campeão José Pires, do Rio de Janeiro. Entre os dez primeiros colocados, outros três técnicos do Amazonas: Sérgio Luís (4º), José Carlos Mattos (7º) e Odilon Amaro (8º).
No dia 30 de outubro de 1988, após a entrega dos troféus, após as despedidas habituais de uma competição de futebol de mesa, todos tinham a certeza de que o grande vitorioso foi o futebol de mesa amazonense.
Biblioteca de "Em Algum Lugar do Passado"
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O baiano radicado em Brasília (DF), José Ricardo Caldas e Almeida, é adepto da modalidade 3 Toques, tendo atuado como diretor técnico e presidente da Federação Brasiliense e da CBFM 3 Toques. Sempre preocupado em arquivar a história do futebol de mesa, Zé Ricardo foi responsável pelo "K entre nós", boletim distribuído para todo o Brasil ainda na era pré-internet e, com a chegada dos computadores, passou a fazer esse mesmo tipo de trabalho em blogs e sites. Desde 2018 é o responsável pelo Museu Virtual do Futebol de Mesa (no facebook) e atualmente chefia o Núcleo de Memória e Pesquisas Históricas do Canal Mundo Botonista.
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