Painel do Mundo
Por José Carlos Cavalheiro (12/08/2024)
O título do programa icônico da Rede Bandeirantes define perfeitamente a importância do gol, afinal, e não é, como teria afirmado uma vez o técnico Carlos Alberto Parreira, apenas um detalhe, embora quem nos dirigiu na campanha do tetra campeonato mundial negue, veementemente, haver proferido tal frase.
Os jogadores profissionais têm seus gols mais marcantes registrados no seu córtex cerebral. Pelé e Carlos Alberto Torres, certamente, recordaram com detalhes dos seus gols contra a Itália, em 1970, até o momento dos seus últimos suspiros. Os que ainda estão entre nós - Jairzinho e Gérson - também lembrarão de cada detalhe destes tentos até o final - obviamente se não forem afetados pela demência - devido à importância que tiveram. No futebol de mesa não é diferente. Nossos craques têm seus gols preferidos muito bem guardados em suas lembranças. Atualmente, não apenas eles detêm esse privilégio. Com o advento do Mundo Botonista, alguns grandes momentos do nosso esporte ficaram marcados para todos nós. Como esquecer os gols "na campainha" que definiram campeonatos nacionais importantíssimos? Por exemplo, o gol do Thiago Rocco contra o Robertinho na final do Brasileiro 2019, o gol do Quinho no Brasileiro 2023 empatando o jogo contra o Marco Vinícius na final do Brasileiro de 2023, empatando o jogo e garantindo seu sexto título na categoria adulto. Novamente um gol do Thiago Rocco, desta vez contra o mesmo Marcus Vinícius na final do Brasileiro de 2024. Também foi emocionante o gol do Barbosa que deu ao Círculo Militar, em 2019, seu primeiro, e até agora único, título brasileiro interclubes.
Nós, simples mortais, também temos nossas lembranças. Fizemos gols que talvez não tenham sido tão importantes, mas que foram realizados com muita beleza, ou pela elaboração da jogada, ou pela dificuldade apresentada na hora da conclusão. Um gol de longa distância, um gol quase da linha de fundo e também aquele em que se teve o o extremo cuidado (e habilidade) para que o botão não golpeasse o do adversário antes da bola. Há também os gols inesquecíveis que foram feitos por pura sorte e não saem da memória, tanto dos seus autores como de suas vítimas.
Parafraseando o colunista Alysson Cardinali, um craque da crônica botonista, mas que dedica sua categoria escrevendo sobre a regra Dadinho, "o importante é a bolinha" balançar o filó". Bebendo sempre na fonte de quem escreve bem, retiro de um texto seu, as sábias palavras do goleador Dadá Maravilha: "Não existe gol feio, feio é não fazer gol".
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Formado em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, José Carlos Marques Cavalheiro, nasceu na capital carioca no ano de 1962. Foi atleta de futebol de mesa na regra12 Toques de 1998 a 2005, quando foi viver em diferentes lugares: São Paulo, Paris, Jundiaí e Bogotá, onde atualmente reside. É o responsável pelo site da FEFUMERJ desde dezembro de 2004. Atualmente exerce o cargo de Diretor de Comunicação da entidade.
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