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Painel do Mundo
Por Erismar Gomes (21/03/2024)
O goleiro foi bem colocado?
Nos torneios que por aí disputamos, sejam estaduais ou nacionais, frequentemente eu escuto a seguinte frase: "Não sei arrumar o goleiro, tudo que chutam no meu gol entra". Acho que não existe um botonista sequer que nunca teve esse tipo de pensamento em um determinado momento, mesmo aquele pessoal de chegada, que está disputando os primeiros lugares. É perfeitamente normal, afinal não basta fazer gols, como diria o famoso técnico da seleção brasileira de futebol, o Sr. Carlos Alberto Parreira, pois o gol é um detalhe, no que ele tem toda razão. Apenas não lhe deram a oportunidade de completar o raciocínio, dizendo que é um detalhe que decide o jogo.
No futebol de mesa não é diferente, o gol é um detalhe decisivo, mas até mandarmos a bolinha para dentro da baliza do adversário há um longo caminho na construção da jogada e na arrumação da bolinha, para que ela esteja em condições favoráveis para fazermos o gol. Entretanto, muitas vezes antes desse nosso arremate, o qual desejamos que se converta em gol, o adversário já tivera chutado e por alguma razão perdeu sua oportunidade de converter.
Nós, perfeccionistas que somos, gostamos de acreditar que foi por causa da arrumação do nosso goleiro. Assim, teríamos conseguido neutralizar aquele chute por nossa eficiência em ler o possível arremate e colocamos nosso goleiro de uma maneira que atrapalharia o sucesso do nosso oponente. Quando analisamos friamente, por muitas vezes isso não é verdade pois, na maioria dos casos, nos beneficiamos do erro do adversário que colocou um pouquinho a mais de força no chute e amargou um arremate na trave ou virou um pouquinho a mais a palheta no chamado corte na bola e por aí vai. Quando nos deparamos com arremates perfeitos e nosso goleiro é por vezes vazado, preferimos acreditar que não sabemos arrumar o goleiro do que reconhecer que sim, tem muita gente chutando bem e não será suficiente apostar todas as nossas fichas defensivas na arrumação do goleiro. O jogo sempre foi e é bem mais que isso.
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O corretor de seguros Erismar Ferreira Gomes, é paulista, torcedor do Santos F.C, e um apaixonado pelo futebol de mesa e virtual (no video-game). No Futebol de Mesa tem um rastro indelével tanto no espectro da gestão (tendo sido diretor de departamentos em clubes importantes como Corinthians e Maria Zélia) e presidente da Federação Paulista; quanto na qualidade de atleta - onde ostenta inúmeros títulos, incluindo um bicampeonato Brasileiro por equipes e o título Brasileiro individual em 2005 (ambos na categoria masters). Erismar é uma testemunha privilegiada da história e evolução da regra 12 toques pois não apenas a viu nascer mas participou ativamente da sua história.
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