Meu nome é Roberto de Lara Rodrigues, mais conhecido no meio do futebol de mesa como Robertinho. Pratico a regra 12 toques desde 1991 e atuo pelo Clube D. Pedro II da cidade de Curitiba, capital paranaense. Talvez grande parte de vocês já saiba disso, mas não custa nada reforçar - sou filho do Nilson Rodrigues, atleta tetracampeão Brasileiro entre os Masters (recordista da categoria).

Aceitei o convite/desafio do Mundo Botonista para assumir a redação de uma coluna na qual estivesse em evidência a trajetória por mim percorrida até galgar o status que alcancei ao longo desses mais de 20 anos dedicados ao futebol de mesa como modalidade esportiva de rendimento. Espero neste nobre espaço contribuir para expandir o debate sobre os aspectos mais importantes na formação de um botonista, na construção do seu caráter competitivo e na forja de seu aprimoramento técnico, tático, mental, etc.

Começo minha contribuição falando sobre algo precioso que aprendi em minha jornada pessoal. Como é de conhecimento geral, tive a felicidade de vencer Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil em diversos estados diferentes (PR, RJ, SP, GO, RS, SC e PE). Lembro com detalhes dos jogos mais difíceis e das muitas viagens que fiz. Algumas viagens complicadas, para lugares não tão acessíveis e outras muito agradáveis na companhia dos amigos.

Todas as viagens e os sacrifícios valeram a pena, se não pelo título, pela experiência e aprendizado que só uma competição de nível nacional pode trazer. Mas me recordo de uma experiência no Mundial do RJ que mexeu demais comigo. Fui com a família e visitamos o Cristo Redentor, Bondinho, Maracanã, praias e tudo mais que a incrível Cidade Maravilhosa pode nos oferecer enquanto atração para passeio e lazer. Resultado: Apesar de estar em plena forma, treinando, jogando muito bem e confiante, acabei perdendo o foco no campeonato e fiquei em terceiro lugar. 

Por causa deste episódio, decidi deixar de lado a ideia de conhecer os lugares, fazer passeios e visitar pontos turísticos. Quando estou focado para vencer, agora procuro me concentrar exclusivamente ao torneio, utilizando as horas livres para descanso e reflexão. Uso técnicas de relaxamento e respiração, mentalizo estratégias que utilizarei nos próximos jogos, imagino como marcar cada adversário e sempre tento visualizar o sucesso, levantando a taça e sendo campeão novamente.

Encerro perguntando aos amigos leitores - E vocês, usam alguma estratégia especial para manter o foco durante as competições? Compartilhem conosco nos comentários. Ajudem-nos a compor um painel mais amplo sobre o assunto. Espero vocês daqui quatro semanas para nossa próxima crônica. Até lá.

Biblioteca de "Jeito & força"
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Natural de Guarapuava-PR, Roberto de Lara Rodrigues, 43 anos, é bacharel em Educação física e o maior campeão nacional de todos os tempos na modalidade 12 toques, tendo conquistado cinco Campeonatos Brasileiros e seis Copas do Brasil individuais. A genialidade e aptidão para as palhetadas vêm de família: Além de ter podido contar sempre com os conselhos do pai, Nilson Rodrigues (maior campeão Brasileiro máster da história), Robertinho tem no primo, Rogério Nascimento (ex-campeão Brasileiro e Mundial) um grande parâmetro e um afiado parceiro de treinos para as grandes competições. Aqui no Portal Mundo Botonista, Rodrigues brinda a comunidade do futebol de mesa com crônicas exclusivas para a coluna Jeito & Força.

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robertinho@mundobotonista.com.br