Painel do Mundo
Por Carlos Cláudio Castro (10/06/2024)
Muitas são as inquietações dos praticantes da Regra 12 toques no que se refere às disposições regulamentares. Não apenas os anseios de mudanças, mas, inclusive, questionamentos sobre o seguimento à risca do que está escrito no texto de regras. Em muitas ocasiões, uma atitude consuetudinária se sobrepõe à norma escrita.
Arrumação de botões de defesa nas saídas de bola ao centro, com mais permissividade, e o deslocamento de alguns botões, para defesa, em algumas circunstâncias, têm sido objetos de discussões no nosso meio botonístico há algum tempo. Se isso tornaria o jogo menos mecânico ou mesmo pior tecnicamente, com muitos chutões do meio campo, eis a questão! Como sabê-lo sem fazê-lo?
E o fato do deslocamento para trás do botão, quando a palheta se encontra sobre ele para a execução do toque/chute? Quantos botonistas cobram a furada, como determinado no que está publicado? Certo é que não há unanimidade e muita água tem rolado sobre tal fato, nos bastidores e nas mesas de jogo Brasil afora.
Outra circunstância muito debatida é o tempo que os atletas usam para arrumar o goleiro ou levam para efetuar o chute a gol. Aqui o problema parece ainda maior, dificilmente os cinco segundos são respeitados, havendo casos de extrapolação notoriamente exagerada. É tão acintoso que chega a gerar dúvida se a modalidade deve mesmo ser controlada por tempo.
Assim como os tópicos supracitados, vários outros se colocam como desafios para praticantes e gestores do nosso esporte. Penso que adequações no sentido de aperfeiçoar, tornar o jogo mais atrativo para jogadores e apreciadores, podem e devem ser buscadas e, para tal, o engajamento de todos é necessário, fazendo-se mister que as pessoas se permitam ousar e experimentar.
E você, nobre leitor, lembra-se de alguma situação de jogo como essas acima citadas que demandam um olhar mais atento por parte daqueles que praticam e conduzem nossa regra? Deixe nos comentários para que possamos ampliar este nosso debate. Um forte abraço a todos e até a próxima.
O cearense Carlos Cláudio Alencar de Castro é médico neonatologista, adepto do lema “a arte torna a vida suportável”, fanático torcedor do "Vozão" (Ceará Sporting Club) do qual é membro efetivo do conselho deliberativo. Carlos é um estudioso do Futebol de Mesa, membro do Comitê Gestor das Regras 12 Toques da CBFM e responsável direto por levar a modalidade 12 toques para o estado do Ceará.
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