Dentro do futebol de mesa entendo que tive a minha melhor fase entre 2009 e 2016. Venci muitos jogos e competições importantes, fiz muitos gols, virei jogos absurdos e consegui títulos em sequência como nenhum outro botonista ainda fez. Mesmo tendo um desempenho satisfatório nos últimos torneios nacionais, não consigo repetir meus feitos de tempos atrás. Será a idade? Serão as preocupações do dia-a-dia? Algo afetou meu rendimento? Pode ser todos esses fatores  somados. O que posso fazer é continuar tentando me aperfeiçoar e melhorar para alcançar os jogadores que estão em uma fase melhor.

Podemos citar, sem errar os jogadores, top que foram campeões, que figuram entre os melhores de todos os tempos e que, hoje em dia, chegam entre os principais, mas acabam ficando pelo caminho. Estou incluído neste time. Nossa fase passou. Vieram novos jogadores, com mais pique e vontade. Se adaptaram melhor com às mudanças da bolinha, da regra e com novos times, agora de pin, deslumbrantes e que chamam atenção de todos quando colocados à mesa, como verdadeiras obras de arte de nossos estimados e necessários fabricantes.

Espero ver nomes novos chegando às finais, pois é maravilhoso termos renovações. Sejam filhos ou netos dos jogadores mais antigos, ou iniciantes que disseram sim ao esporte presencial, saindo do virtual. Os campeões infantis ou sub-18 figurando e triunfando entre os mais experientes. Utopia e esperança.

Para mim, o tempo passou... e não foi gentil. Luto semanalmente para recuperar um lugar entre os tops. Posso conseguir ou não, mas essa é a beleza do esporte. Se doar ao máximo e tentar vencer tirando o melhor de si próprio. Sempre haverá alguém melhor ou mais preparado, ou até com um pouco de sorte a seu favor. Entretanto, não podemos perder a chama, o brilho no olhar, o querer estar no lugar mais alto do pódio e, por que não, começar uma nova fase?