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MUNDO BOTONISTA

  Por Julio Simi Neto (26/08/2022)

O Dossiê Odessa

 Getty Images / Lucas S. Paiva / Guia Do Estudante/Reprodução

Que a II Guerra Mundial foi e até hoje é uma inesgotável fonte de inspiração para cineastas, roteiristas ou escritores lançarem seus trabalhos, todo mundo já sabe. Por conta disso, na coluna deste mês eu vou indicar aos amigos um livro onde o renomado escritor Frederick Forsyth também deixou a sua marca acerca do tema tão inspirador. Falo do incrível “O Dossiê Odessa” que foi lançado em 1972.

 

Frederick Forsyth nasceu na Inglaterra em 1938 e aos 19 anos serviu a RAF. Depois, se interessou pelo jornalismo, tendo sido repórter no Eastern Daily Press. Seguiu carreira em diversos outros jornais indo até trabalhar na Alemanha Oriental.

Foi nesse período, como repórter politico, que a literatura entrou em seu caminho, servindo-lhe de fonte inspiradora para a autoria de várias obras que marcaram uma época. Alguns foram até parar no cinema.


Esté é, inclusive, o caso do suspense “O Dossiê Odessa” no qual o leitor vai conhecer um jovem alemão que trabalha como repórter free-lancer e investigativo de nome Peter Miller. Tudo inicia em novembro do ano de 1963, na cidade de Hamburgo, quando Miller ouve pelo rádio do seu Jaguar XK 150-S a notícia da morte do presidente americano John Kennedy. Ao mesmo tempo, uma ambulância com a sirene ligada passa ao seu lado em alta velocidade.

 

Com “faro de abutre”, o repórter resolve seguir a ambulância, o que o leva à casa de um judeu chamado Salomom Tauber, que cometera suicídio. Dias depois, através dos seus informantes, chega até ele um estranho dossiê escrito por aquele judeu, tendo no seu conteúdo uma lista de ex-nazistas fugidos da Alemanha.


Miller descobre, então, que os antigos aliados do regime totalitário alemão formaram uma nova organização denominada “Odessa” e são liderados pelo Capitão da Waffen Eduard Roschmann - conhecido durante a II Grande Guerra pela alcunha de "Açougueiro do Holocausto de Rigas". O esperto repórter logo começa uma aventura perigosa com o propósito de desmascarar essa organização.


O sucesso desta obra fez Hollywood produzir em 1974 o filme que possui o mesmo titulo sob a direção de Ronald Neame, tendo no elenco os atores Jon Voigth e Maximilian Shell. Isso é “O Dossiê Odessa”. Um ótimo best-seller de leitura envolvente nas suas quase 300 páginas e que irá prender o leitor até a última folha. O livro foi publicado pela Editora Record e no Kindle (somente em espanhol).  Fica a dica de leitura. Um grande abraço a todos. 


Biblioteca de "Muito Além das Mesas"
Reler publicações anteriores de Julio Simi Neto.

Formado em comunicação social na faculdade Cásper Libero, talentoso escritor de obras ficcionais (duas das quais já publicadas) e cinéfilo desde garoto, Julio Simi Neto, mais conhecido como Julinho, é nascido em São Paulo no ano de 1956 e, como todos os botonistas, pratica o jogo de botão desde pequeno, época em que vivia na Vila do Matarazzo no bairro do Belenzinho. Foi um dos fundadores da "Villa Botão", uma das mais famosas garagens do futmesa paulista que perdurou de 2002 a 2008. Foi nesta época que Simi idealizou o "Vai Pro Gol", um dos primeiros veículos de comunicação via Internet - uma espécie de boletim semanal que, apesar de focar no futebol de mesa, incluía curiosidades e dicas culturais.
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simi@mundobotonista.com.br
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